28 de fev. de 2005

Yeah yeah yeah no Alalaô

"Quando a bela professora americana Paula Balter decidiu lecionar inglês no clima tropical brasileiro, não imaginava que acabaria trabalhando em uma escola de samba, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Timólei-Mólei do Oeste. Paula achava fácil explicar gramática aos ritmistas, mas tinha uma enorme dificuldade em tirar seus belos olhos verdes da pele morena de Mestre Bengala, o mestre da bateria da escola. Aliás, não era só da pele: era difícil resistir aos olhos castanhos, aos lábios carnudos, ao peito cabeludo exposto pela camisa aberta. Quando estava perto do percussionista, a americana sentia calores que nada tinham a ver com o clima brasileiro. E o calor aumentou quando a professorinha chegou na quadra da escola e não encontrou ninguém.

- Ué, onde estão todos? - indagou a professora, colocando os livros em cima da bancada do bar da quadra.
- Tá todo mundo na rua, fessora. - Bengala saiu de dentro do bar, com uma garrafa de cerveja e dois copos de geléia na mão.
- Como assim eles estão na rua, mr. Bengala? - disse a professora, ajeitando discretamente a roupa.
- Hoje é o ensaio na avenida. Eu fiquei aqui porque tinha que levar um lero com a vossa senhoria sobre as tais de tag questions, compreende? - disse o músico, servindo os copos.

O coração de Paula disparou. Estar tão próxima do mestre de bateria da Unidos de Vila Timólei-Mólei do Oeste fazia com que a professora sentisse o ar faltar em seus pulmões. Precisava respira, precisava de ar. Abriu um dos botões da blusa.

- Que bela comissão de frente - disse o percursionista, após beber um gole da cerveja.

Não conseguindo mais resistir aos impulsos de sua paixão, Paula agarrou Mestre Bengala pela grossa corrente de ouro que adornava seu pescoço e o beijou ardentemente. Agarrava-se ao corpo do brasileiro como se sua vida dependesse daquele beijo, daqueles lábios.

- Eu tava falando do pôster do desfile de 1987, mas já que a madame levou pra esse lado... - disse o músico, abrindo a blusa de Paula.
- Cala a boca e me beija, mr. Bengala - disse a moça, entre gemidos.
- Uau, que pandeirão! - disse o percussionista, livrando Paula de suas roupas.

Paula e Mestre Bengala deixaram-se levar pelo desejo e, deitados na quadra da escola de samba, renderam-se à libido. O suor escorria por seus corpos e gemidos escapavam por seus lábios, ao som do tilintar das pulseiras e correntes de ouro do ritmista.
- Oh, lord! Oh, lord! Mais rápido, mr. Bengala, mais rápido! - Paula gritou, entre gemidos.
- Não entendi nada do que a senhora disse, mas eu nunca perco a cadência, madame - respondeu o músico, com indignação".

Um comentário:

Unknown disse...

Porra, volte a escrever por aqui, Sr. Silva! Por favor!

Abs!